As florestas são essenciais para a vida no planeta. Elas desempenham funções vitais como a regulação do ciclo da água por meio da transpiração florestal, ajudando a equilibrar a temperatura global. Além disso, capturam carbono pela fotossíntese, contribuindo diretamente para a mitigação das mudanças climáticas.
A composição de uma vegetação influencia sua capacidade de sustentar a biodiversidade e manter o equilíbrio ecológico. Mas será que qualquer árvore pode cumprir esse papel, ou o ambiente em que está inserida faz a diferença?
A organização das florestas nativas
A formação de florestas naturais até atingir seu equilíbrio ecológico depende de vários fatores, como regulação climática, solo e topografia, ciclagem de nutrientes, interações bióticas, resiliência e estabilidade. O Brasil abriga uma grande diversidade de biomas, cada qual com suas características e particularidades ecológicas, são eles a Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa.
Dentre estes, a Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado se destacam pelas suas florestas. A preservação das florestas nativas no Brasil contribuem para fauna e flora locais, protegem o solo contra erosão e possuem um papel importante na conservação de recursos hídricos, ademais, essas áreas nativas fornecem abrigo e alimento para diversas espécies.
Nações como China, Bangladesh, Afeganistão e Paquistão têm sido gravemente afetadas, enfrentando destruição de infraestrutura, perda de vidas humanas e impactos severos na economia. Esse quadro global ressalta a urgência da implementação de políticas eficazes para mitigação e adaptação climática.
Vegetação Nativa x Exóticas
Quando falamos de florestas, é essencial entender a diferença entre espécies nativas e exóticas. As espécies nativas são aquelas que ocorrem naturalmente em um ecossistema, evoluindo ao longo de milênios e se adaptando ao clima, solo e interações locais. Elas desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico, sustentando a biodiversidade, fornecendo abrigo e alimento para a fauna e mantendo processos essenciais como a ciclagem de nutrientes e a regeneração do solo.
Já as espécies exóticas são aquelas que foram introduzidas fora de sua área de distribuição natural, muitas vezes pela ação direta ou indireta do ser humano. Algumas delas se tornam invasoras, competindo por luz, água e nutrientes com as nativas. Isso pode levar à perda de biodiversidade, degradação de habitats naturais e impactos ambientais, econômicos e sociais.
No Brasil, há inúmeros casos de áreas degradadas devido à invasão de espécies exóticas. Um exemplo é no Rio Vermelho, no norte de Florianópolis (SC), onde naturalmente ocorre a Mata Atlântica e a Restinga. No entanto, cerca de 35% do ecossistema está alterado devido à introdução de pinheiros e eucaliptos, espécies originárias de diversos países distintos. Essas árvores causam a erosão das dunas, prejudicando a restinga, que atua como barreira natural contra ressacas, agravando assim os impactos das mudanças climáticas. Situações como essa se repetem em diversas regiões do Brasil, mostrando a importância de proteger a vegetação nativa e controlar a disseminação de espécies exóticas. Para realizar o controle biológico em áreas de invasão são utilizadas técnicas de remoção em conjunto ao manejo de espécies nativas.
Plantio de Árvores Nativas
A Carbon Free Brasil realiza iniciativas de plantios de árvores nativas em regiões que foram degradadas para fortalecer a biodiversidade e inspirar mudanças sustentáveis. Cada árvore plantada é escolhida por sua importância para a mitigação frente às mudanças climáticas e fauna local.
O Angico-vermelho (Anadenanthera colubrina), por exemplo contribui para fertilidade do solo por meio da fixação de nitrogênio acelerando assim a recuperação da vegetação. Já a Paineira (Ceiba speciosa), além de possuir lindas flores rosadas auxilia a formação de corredores ecológicos e atrai polinizadores que são essenciais para o equilíbrio ambiental.
Outra espécie relevante é o Ipê-amarelo (Handroanthus albus), que cresce em solos pobres e possui flores que servem de alimento para insetos essenciais no ecossistema. Com essas e outras espécies a Carbon Free Brasil contribui para a regeneração sustentável dos ecossistemas.

Equilíbrio ecológico
A preservação das florestas nativas é essencial para garantir o equilíbrio ecológico, a manutenção da biodiversidade e a estabilidade climática. As espécies nativas desempenham um papel insubstituível nos ecossistemas, enquanto a introdução descontrolada de espécies exóticas pode causar impactos ambientais irreversíveis. Portanto, é fundamental adotar um uso responsável dessas espécies e evitar seu plantio em áreas naturais, especialmente em biomas sensíveis.
Cada um de nós pode contribuir para a proteção das florestas: apoiar projetos de reflorestamento, escolher espécies nativas ao realizar plantios e se informar sobre os impactos das espécies invasoras. Pequenas ações fazem a diferença na construção de um futuro mais sustentável. E você, o que pode fazer hoje para ajudar a proteger nossas florestas?