O setor energético é disparadamente a maior fonte global de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), responsável por 73% das emissões mundiais.
No setor de Energia são alocados os gases de efeito estufa provenientes do uso e produção de combustíveis e energia elétrica. Dessa forma, o setor de energia abrange: transporte, geração de calor e de eletricidade e o consumo energético industrial, agropecuário, comercial, residencial e público.
Das emissões provenientes do setor de energia, no Brasil, o subsetor de transporte é o principal responsável com 47%, seguido do consumo energético industrial com 16%, produção de combustível (15%), geração de eletricidade (10%), consumo de energia pela agropecuária (5%) e consumo residencial, comercial e público (7%).
Gráfico 1: Emissões dos subsetores do setor de energia no Brasil
Fonte: SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa) – IEMA
Subsetor Transporte
A atividade de transporte, devido ao uso em sua maioria de combustíveis fósseis sempre foi a maior fonte de poluição dentro do setor de energia.
Segundo o BNE (Balanço Energético Nacional), mais de 70% dos combustíveis utilizados no Brasil provém do petróleo, ou seja, uma fonte não renovável e que possui uma altíssima taxa de emissão de carbono na sua combustão.
Gráfico 2: Fontes de combustível no Brasil (ano base 2019)
Fonte: Balanço Energético Nacional, 2020
Subsetor Produção de combustíveis
Além da emissão devido à queima dos combustíveis, a produção de combustível também libera muitos GEE’s, sendo a exploração de petróleo e gás natural, e o refino de petróleo as atividades mais prejudiciais ao aquecimento global.
Portanto, é evidente a importância de substituir os combustíveis fósseis por biocombustíveis (etanol e biodiesel). Além de ter um menor impacto para sua produção, esses combustíveis são considerados neutros em carbono emitido, pois todo esse carbono foi capturado da atmosfera no processo de fotossíntese ocorrido durante o cultivo e crescimento da biomassa (por exemplo a cana-de-açúcar), a qual é utilizada para produção dos biocombustíveis.
Outra solução para reduzir os impactos é neutralizar a sua emissão a partir do plantio de árvores, ou seja, o carbono que já foi emitido na atmosfera é capturado pelo processo de fotossíntese das árvores.
Saiba mais sobre neutralização de carbono.
Subsetor Geração de Eletricidade
A matriz elétrica do Brasil é baseada em fontes renováveis (83% de energia limpa), ao contrário da matriz elétrica mundial que possui apenas 25% de fontes renováveis, o que é ótimo para o Brasil pois as fontes renováveis, além de serem inesgotáveis, emitem bem menos GEE.
Isso se deve ao fato do Brasil possuir um enorme potencial hidroelétrico, ou seja, grande parcela da energia elétrica é gerada pelas usinas hidroelétricas.
Além disso, o país vem investindo cada vez mais na energia eólica, a qual possui cerca de 90% de sua produção no nordeste do país. Por ser uma região escassa de hidrelétricas, o crescimento da geração de energia eólica possibilita a decadência do uso de termelétricas para suprir a demanda da região.
Gráfico 3: Matriz energética brasileira (ano base 2019)
Fonte: Balanço Energético Nacional, 2020
A maior fonte mundial de emissão de GEE é o setor de transporte. No Brasil, o subsetor de transporte é o principal responsável pelas emissões, seguido do consumo energético industrial, produção de combustível e geração de eletricidade.
Este caminhão é Carbon Free: Case de sucesso – Goulart Transporte
O transporte é encarregado por quase metade das emissões de todo o setor de energia no Brasil. Assim, uma solução simples é a troca de combustíveis fósseis por biocombustíveis. Enquanto isso, a matriz elétrica brasileira é predominantemente de fontes renováveis, ou seja, fontes que possuem menor emissão de gases.
Outra solução necessária para reduzir os impactos antrópicos causados ao planeta é a diminuição de emissões de gases GEE ou neutralizar suas emissões, por exemplo a partir do plantio de árvores.