O fato de que as atividades humanas estão causando mudanças climáticas expressivas já é consolidado e conhecido pela maioria. Entretanto, já nos aproximamos da metade da década de 20 do século XXI, e ainda não aconteceram mudanças expressivas para remediar e/ou prevenir todo o dano que já foi e continua sendo causado pela humanidade desde a explosão de produção da Revolução Industrial. Dentre os principais problemas causados por essas práticas, podemos citar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), que geram impactos diretos e indiretos como as mudanças climáticas, mais especificamente o aquecimento global. Neste artigo vamos explorar e explicar por que devemos reduzir sempre que possível as emissões de carbono, antes que seja tarde.
O que são GEE, e como prejudicam a Terra em grandes quantidades?
Os GEE englobam gases que são emitidos por atividades humanas, desde grandes indústrias até um pequeno trajeto de automóvel, são eles: gás carbônico (CO2); metano (CH4); óxido nitroso (N2O); hexafluoreto de enxofre (SF6); hidrofluorcarbonetos (HFCs) e perfluorcarbonetos (PFCs). Destes, o mais expressivo é sem dúvida o CO2, originado principalmente da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo), e grande responsável pelo agravamento do efeito estufa. Normalmente, esse efeito é benéfico ao planeta, pois é através dele que a média de temperatura da Terra se mantém constante, reduzindo a amplitude térmica para evitar picos de temperatura muito altos ou muito baixos. Entretanto, devido às altas emissões de GEE nos últimos anos, esse fenômeno foi gravemente intensificado, levando ao aquecimento global acelerado, e gerando consequências alarmantes para todo o planeta, como: temperaturas mais quentes ou mais frias; tempestades severas; aumento do nível dos oceanos; perda de biodiversidade; entre outros.
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Qual o panorama atual?
Em 2023, o problema continua grave. A previsão de aumento de temperatura global está entre 1,08 ° C e 1,32 ° C em relação ao período pré-Revolução Industrial para este ano, segundo o Met Office, serviço meteorológico do Reino Unido. Alguns exemplos de problemas já causados por essas mudanças são as ondas de calor que atingiram a Europa em 2022, onde as consequências foram desde o ambiental até o social: as plantações murcharam; as redes elétricas ficaram sobrecarregadas por causa da estiagem, o que gerou incêndios nas florestas pelo continente; e milhares de pessoas foram afetadas.
Em contrapartida, também ocorrem ondas de frio e invernos extremos, como por exemplo nos Estados Unidos durante o início do ano, onde o surgimento de um ciclone-bomba fez com que as temperaturas caíssem drasticamente, atingindo mínimas exageradas. Esse fenômeno também é decorrente do aquecimento global, pois as correntes de ar muito quentes fazem com que as correntes frias do ártico atinjam diversos lugares do planeta com muito mais intensidade.
Somado a isso, um trabalho publicado pela revista Science no início de 2023, prevê o derretimento de metade das geleiras da Terra até 2100, se manter o padrão de aumento de temperatura acelerado. No Chile, incêndios florestais históricos estão acontecendo pelo país, decorrentes das altas temperaturas no verão.
Esses são apenas alguns exemplos que mostram que os fenômenos climáticos continuam crescendo ainda hoje, e as estimativas não são boas para esse ano, principalmente pelas estratégias de recuperação da economia por causa do COVID-19, prevendo aumento considerável das emissões de carbono para 2023. O fato é que precisamos de medidas urgentes para mitigar esse efeito.
Medidas de redução de emissões de carbono
Apesar de tudo isso, há esperança, pois cada vez mais pessoas e empresas estão se conscientizando e tomando iniciativas para reduzir os impactos, e é aí que entra a redução das emissões de carbono. Opções sustentáveis de geração de energia estão ganhando força no mundo, como por exemplo a eficiência energética, uma estratégia que busca reduzir o consumo de energia, diminuindo os gastos ao mesmo tempo em que também reduz as emissões de carbono.
É possível citar também o mercado de Carbono, local de atuação da Carbon Free, onde reduz-se os níveis de CO2 através do crédito de carbono (1 tonelada de carbono sequestrado = 1 crédito ). Nesse caso, através do plantio de árvores nativas, reduzindo o CO2 através do ciclo de vida da própria planta. Aliado a isso, segundo o próprio Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a alteração do fluxo financeiro, visando estímulos à inovação de tecnologias de baixo carbono, também é uma atividade válida.
As emissões descontroladas de carbono e gases GEE já contribuíram e vão continuar contribuindo para o agravamento da crise ambiental planetária. A única forma de remediar esse problema e prevenir que a situação se agrave ainda mais é tomando iniciativas sustentáveis, buscando cada vez mais reduzir as emissões de GEE, e procurando fontes e investimentos inovadores que possam substituir e contribuir para a redução desses gases na atmosfera.