Manutenção Florestal e Créditos de Carbono

Autora: Ísis Shandra Santos

Não é novidade que as mudanças climáticas representam um dos maiores desafios da humanidade, contribuindo com o aumento frequente de desastres naturais, a redução da produtividade em áreas urbanas e rurais, bem como a diminuição da saúde e resiliência dos ecossistemas terrestres e marinhos.

A problemática exige ações urgentes para mitigar e compensar as emissões de gases de efeito estufa. Entre elas, a manutenção florestal é uma estratégia importantíssima na absorção de carbono, desempenhando um papel crucial na preservação do equilíbrio climático e ambiental. 

Neste artigo vamos explorar a interseção entre a conservação dos ecossistemas florestais e o mercado de créditos de carbono, destacando sua importância e alguns desafios associados!

O desmatamento no Brasil é um problema antigo e sistêmico, sendo responsável pela perda de quantidades gigantescas de mata nativa. Os perigos dessa prática para o aumento do aquecimento global são preocupantes, pois as florestas possuem uma capacidade única de absorver carbono. 

Dentro desse contexto, projetos de restauração da mata nativa surgem como grandes aliados na luta contra as mudanças climáticas e a manutenção da vida no planeta.

Com orgulho, o Carbon Free Brasil se dedica à sustentabilidade com comprometimento socioambiental, por meio de créditos de carbono de projetos que além de restaurarem a mata nativa também promovem o desenvolvimento e a geração de oportunidades para comunidades locais, como o Projeto Envira Amazônia e o Projeto Florestal Santa Maria. 

I. Projeto Envira Amazônia

O Projeto Envira Amazônia localiza-se no Acre e contribui para a preservação da Floresta Amazônica e o combate às mudanças climáticas. O projeto é baseado no mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+), que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa resultantes do desmatamento e degradação florestal. Através dele as comunidades locais e povos indígenas que vivem na região do rio Envira adotam práticas sustentáveis de manejo florestal, conservação e uso da terra, evitando o desmatamento e a degradação florestal.

Sede Florestal do Projeto Envira Amazônia

II. Projeto Florestal Santa Maria

O Projeto localiza-se na Fazenda Florestal Santa Maria no Mato Grosso. Graças ao crédito de carbono, essa fazenda conserva mais de 70.000 hectares da biodiversidade da floresta amazônica. O Projeto Florestal Santa Maria preserva sua área de mata nativa, reduz o desmatamento da Amazônia, diminui o risco de queimadas e ainda gera empregos para a população local!

Mata nativa - Fazenda Florestal Santa Maria

Apesar de todas as contribuições sociais e ambientais da implementação de projetos de manutenção florestal para créditos de carbono, essa prática não está isenta de desafios. Entre eles, existe a importância do acompanhamento e manutenção contínua das áreas e a qualidade dos créditos de carbono – leia mais sobre!

Outros desafios práticos envolvem questões relacionadas à definição da linha de base de desmatamento da área do projeto, mensuração precisa do carbono armazenado na floresta e do crescimento desse estoque ao longo dos anos, mensuração de possíveis pontos de perda de carbono (leakages), entre outros.

Superar esses desafios requer uma abordagem educacional e colaborativa, garantindo que a manutenção florestal e os créditos de carbono realmente cumpram seu papel na mitigação das mudanças climáticas!

Concluindo, a manutenção florestal e os créditos de carbono formam uma aliança poderosa na batalha contra as mudanças climáticas. Ao abordar os desafios e maximizar os benefícios, podemos garantir que esse casamento entre preservação ambiental e incentivos financeiros seja uma força motriz para a sustentabilidade global, promovendo um futuro mais saudável para o nosso planeta!

Vamos juntos nessa jornada?

Fale conosco para tornar sua organização Carbon Free!

Posts relacionados

1 comentário em “Manutenção Florestal e Créditos de Carbono”

  1. A implantação da Cultura ESG, na sociedade como um todo, ainda tem que romper paradigmas, mudar velhos hábitos. isto demanda tempo, estratégia, recursos e tempo, pois estaremos mexendo com CULTURA. Quem sabe um programa de médio e longo prazo, iniciando na família, continuando na escola e desabrochando na vida adulta. Ao mesmo tempo, temos que acelerar a implantação da sustentabilidade em toda a nossa rede de Network AGORA. Cada um fazendo a sua parte, talvez consigamos minimizar os efeitos que já estamos sentido. A natureza já está dando o seu recado, e ainda não está sendo ouvida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *