Governanças climáticas globais, você já ouviu falar sobre isso?

Autora: Ariadne Pacheco

Ao longo dos anos, líderes, organizações e partes interessadas de diversos países começaram a se preocupar com as mudanças climáticas. Essa preocupação trouxe à tona a necessidade da realização de eventos internacionais para alinhar expectativas e metas a respeito  das mudanças do clima. 

Diversos eventos foram realizados a partir de então para dar abertura a esse diálogo, porém nesse texto iremos focar nossa atenção apenas nos eventos que tiveram mais destaques no cenário internacional. 

Mas então, o que são Governanças Climáticas Globais? 

 

A governança climática global, nada mais é do que o movimento gerado a partir de eventos de gestão e coordenação a nível mundial para discutir estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas e seus desdobramentos, como a criação de metas. 

Quando pensamos em governança climática global, algumas palavras chaves devem aparecer na sua mente: metas, acordos e internacionalização. 

Eventos/Convenções internacionais de destaque.

 

Pode-se dizer que houveram ao menos três momentos marcantes dentro do âmbito das governanças climáticas globais, sendo eles:

  • Criação da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima;
  • Protocolo de Quioto;
  • Acordo de Paris.

Para uma compreensão mais profunda, discutiremos a seguir sobre cada um desses momentos e suas consequências.

Em 1990, a ONU estabeleceu o Comitê Intergovernamental de Negociação para a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima. O objetivo dessa Convenção era estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, porém nenhuma meta foi fixada. 

Por essa razão, em 1997, criou-se o Protocolo de Quioto como um tratado complementar à Convenção-Quadro. O Protocolo de Quioto, por sua vez, determinou que as nações que o assinaram deveriam se comprometer a diminuir suas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs) durante dois períodos distintos, em comparação com os níveis de emissões de 1990.

No primeiro período, os países deveriam reduzir suas emissões em pelo menos 5% entre 2008 e 2012, no segundo período, entre 2013 e 2020, o objetivo era reduzir em 18% .

Após o Protocolo de Quioto, outro grande marco foi a criação do Acordo de Paris, que entrou em vigor em 2016 e estabeleceu em seu artigo segundo as seguintes metas a serem cumpridas: 

“Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, e envidar esforços para limitar esse aumento da temperatura a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e os impactos da mudança do clima” .

Os governos foram também encorajados a estabelecer suas próprias metas de redução das emissões de gases de efeito estufa, conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), resultando na apresentação de metas individuais por cada nação. 

É crucial observar que, a partir de 2020, o Acordo de Paris assumiu a posição de principal acordo global para lidar com as questões climáticas, substituindo assim, o Protocolo de Quioto.

Ficou com alguma dúvida? Tem interesse em fazer parte desse movimento e neutralizar as emissões da sua empresa ou evento?

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