A Ecoansiedade é um termo usado para descrever o medo, preocupação ou angústia sobre os impactos das mudanças climáticas e da degradação ambiental. Embora ainda não seja um diagnóstico formal, é cada vez mais reconhecido como uma resposta psicológica legítima aos desafios ambientais globais.
O contexto
Todo ser humano, em algum momento, já se deparou com cenas ou dados preocupantes em relação ao meio ambiente e a saúde do planeta: ilhas gigantescas de plástico flutuando nos oceanos; milhares de hectares de florestas nativas sendo devastadas em todo o mundo; derretimento de geleiras; aumento da frequência (e intensidade) de eventos climáticos extremos, como secas e inundações; acidificação dos oceanos e o branqueamento de recifes de corais; desaparecimento de centenas de espécies de animais silvestres; contaminação de ecossistemas (e cadeias inteiras de animais) por microplásticos e metais pesados; aumento dos níveis de poluição do ar em áreas urbanas e rurais; o avanço do aquecimento global e por aí a lista segue…
Diante desse cenário alarmante, cada vez mais pessoas estão experimentando esse tipo de ansiedade que pode se manifestar de várias formas: estresse, insônia, depressão, inquietação, sensação de impotência e até mesmo uma raiva ou tristeza profunda.
A Ecoansiedade é um tema de extrema importância e deve ganhar mais espaço em discussões coletivas e nas políticas de saúde pública. Considerando o cenário ambiental atual e a lentidão das ações em favor da sustentabilidade, devemos reconhecer esse tópico com seriedade por ter efeitos tão sistêmicos e preocupantes na vida e saúde mental das pessoas.
Quem é afetado pela Ecoansiedade?
A forma como a ecoansiedade se manifesta varia de acordo com o contexto individual, cultural e socioeconômico. Indivíduos de todos os cantos do mundo e diferentes idades, estão sujeitos a experienciar ao menos uma vez em suas vidas os sintomas da ecoansidade. Em geral, essa preocupação afeta especialmente os jovens, profissionais ambientais e comunidades mais vulneráveis, que lidam diretamente com os impactos das crises climáticas e catástrofes ambientais.
O papel de empresas e governos
A Ecoansiedade não deve ser vista como uma responsabilidade individual. Governos e grandes empresas são os principais responsáveis pelos problemas ambientais e, portanto, os responsáveis na mitigação dessa crise; adotando políticas mais eficazes e implementando práticas sustentáveis. A economia verde e as políticas ESG (ambientais, sociais e de governança) são essenciais para oferecer soluções concretas e restaurar a confiança do povo em relação a um futuro da natureza.
Apoio psicológico
Se você se identifica com esse sentimento, saiba que não está sozinho! Apesar da Ecoansiedade estar se tornando mais comum, não podemos normalizá-la. Falar sobre o assunto e buscar apoio psicológico pode ser fundamental para lidar com esse tipo de angústia de forma mais leve, dentro do possível.