Autora: Ariadne Pacheco
No final de 2023, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023, ocorreu em Dubai a 28° Conferência das Partes (COP), sobre as mudanças climáticas. A Conferência reúne, todos os anos, os países-membros da ONU para debater estratégias de combate ao aquecimento global e é uma forma de garantir que, anualmente, os países-membros reafirmem seus compromissos com a agenda ambiental, através da determinação de ambições e responsabilidades individuais.
Este ano, logo no primeiro dia da conferência, um dos compromissos estabelecidos na COP 27, em 2022, foi anunciado: a criação de um fundo de perdas e danos climáticos (em inglês, loss and damage fund) voltado a apoiar países afetados pelo aquecimento global. Embora considerado um marco importante desta COP, especialistas indicam que os valores anunciados são modestos e representam apenas 2% do considerado necessário para os cientistas.
Outra pauta importante da COP 28, foi o debate a respeito do aprimoramento da integridade e confiança do mercado voluntário de carbono. Nesse contexto, consolidou-se a parceria entre diversos standards, tais como Verra, American Carbon Registry, Climate Action Reserve e Gold Standard, os quais declararam sua colaboração para que suas metodologias se enquadrem aos Core Carbon Principles.
Esses princípios constituem um conjunto de critérios desenvolvidos pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market, com o propósito de certificar créditos de carbono de alta qualidade. No que diz respeito às organizações que defendem os interesses relacionados à demanda por créditos de carbono, observou-se a união entre a Science Based Targets Initiative, Voluntary Carbon Markets Initiative, GHG Protocol e We Mean Business Coalition. Essa união tem como intuito o estabelecimento de uma estrutura de integridade de ponta a ponta que forneça orientações consistentes para auxiliar as empresas na descarbonização de seus processos produtivos e na utilização de créditos de carbono para a compensação de emissões residuais.
Para o Brasil, um ponto de destaque foi o lançamento de um programa de restauração florestal em larga escala na Amazônia, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta é recuperar 24 milhões de hectares, com o objetivo de capturar mais de 1 bilhão de toneladas de carbono.
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