Neste domingo, 31 de outubro, inicia-se a COP 26. A conferência é um evento que congrega as discussões sobre a ação climática no mundo. Os principais líderes de todo o planeta se fazem presentes e este pode ser um grande avanço na agenda climática mundial. Mas por que esse evento é tão importante, e o que podemos esperar dessa conferência? Saiba mais neste artigo.
O que são as COPs?
A sigla COP vem do inglês e significa Conferência das Partes, e é o encontro que congrega os países componentes da Convenção Quadro pelas Mudanças Climáticas (UNFCCC) da ONU. De forma simplificada, todos os principais países envolvidos nas discussões climáticas fazem parte desta convenção, como é o caso do Brasil, Estados Unidos, China, Índia, entre outros.
As COPs são encontros anuais dos países componentes da UNFCCC que acontecem desde 1995, quando ocorreu a primeira COP em Berlim, na Alemanha. Com o estabelecimento de tratados entre os países e os compromissos estabelecidos com o passar dos anos, essas conferências se tornaram mais e mais importantes. Destacamos o tratado de Kyoto, que foi construído em 1997, mas que não foi ratificado por todos os países, inclusive os EUA, fazendo com que não fossem obtidos os resultados previstos.
O Tratado de Kyoto teria seu prazo final em 2020, mas a necessidade de se estabelecer um novo compromisso entre os países para acelerar a ação climática levou à assinatura do Tratado de Paris já em 2015. Assim, esse novo tratado veio substituir o antigo, e foi um grande passo em prol da colaboração internacional para diminuir o efeito das mudanças climáticas.
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Quais são os principais pontos a serem discutidos na COP 26?
Na COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia, não serão elaborados novos tratados. As discussões vão girar em torno dos compromissos firmados no Tratado de Paris, que prevê a colaboração internacional para manutenção do aquecimento global abaixo dos 2°C, com ambição de não se ultrapassar o aumento de 1,5°C. Desde o Tratado de Paris, restaram alguns pontos de discussão a serem definidos, com destaque para:
- A definição dos mecanismos do mercado internacional de carbono e
- As metodologias de verificação e aferição das reduções de emissões dos países.
Além desses pontos, deverão ser verificados os avanços dos resultados de cada país nas suas metas de redução de emissões, a volta dos EUA às discussões (após a saída do país dentro do governo de Donald Trump), além da reorientação geral dos esforços climáticos, tendo em vista as mudanças promovidas pela pandemia e novos mercados no mundo.
Quais as expectativas da participação do Brasil na COP 26?
Historicamente o Brasil foi protagonista das discussões climáticas, por possuir muita afinidade com o tema, uma das maiores florestas do mundo, uma malha energética de baixa emissão, entre outros tópicos. Porém, com o passar dos anos, e, principalmente com o novo direcionamento político do país em relação à liderança de Jair Bolsonaro, o país foi deixando de ser protagonista nas construções.
A participação do Brasil na COP 26, os compromissos a serem firmados e as metas propostas são ainda motivo de incógnita, uma vez que as emissões do país continuam a aumentar, principalmente em relação ao aumento das emissões pelo desmatamento, assim como o posicionamento político geral do país. Assim, o país é visto com uma reputação relativamente negativa pelo retrospecto recente.
Grandes pautas que serão levadas pelo Ministério do Meio Ambiente à Conferência serão associadas ao desenvolvimento das atividades da agricultura de baixo carbono e o cuidado com a floresta Amazônica e o desmatamento.
Discussões que tecem o futuro da humanidade
Com o avanço das mudanças climáticas, é esperada uma forte ação climática mundial por parte de todos os países assinantes do Tratado de Paris em prol da diminuição do impacto dessas na humanidade. Assim, cada vez mais se percebe a necessidade dos líderes mundiais de tomarem ações corajosas e compromissos relevantes para minimizar e mitigar os danos que são causados pelas mudanças do clima.
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As decisões tomadas em Glasgow tendem a mudar o jeito do mundo ver a energia, o petróleo, os empregos verdes, o mercado de carbono, entre outros assuntos. Tudo isso afeta em grande parte a economia do Brasil e as futuras gerações. Em nenhum outro momento as discussões foram tão importantes, com impactos que podem reverberar por diversas gerações
