Europa registra temperaturas sem precedentes
Há décadas os cientistas vêm nos alertando sobre os impactos que as mudanças climáticas são capazes de causar em nossas vidas. Dentre as consequências destas mudanças estão o aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, fenômeno que vêm ocorrendo na Europa no verão de 2022, ocasionando inúmeros prejuízos ambientais e sociais.
De acordo com o Met Office, Instituto Nacional de Meteorologia do Reino Unido, o país pode atingir a temperatura mais alta de sua história nesta semana (18 de julho). A previsão é que alguns locais registrem até 42ºC. Friederike Otto, professora sênior na Imperial College London, relata que atingir essas temperaturas seria extremamente improvável sem as mudanças climáticas ocasionadas por nós, seres humanos.
Portugal, Espanha e França são os países mais afetados até o momento
As altas temperaturas provocaram incêndios florestais de ampla magnitude, que estão atingindo o sudoeste da França e Espanha desde o dia 16 de julho. Apenas na região de Bordeaux, mais de 14.000 pessoas tiveram que ser realojadas e cerca de 1.200 bombeiros estão trabalhando para tentar controlar o fogo. Desde o início de junho, Portugal teve 39.000 hectares de florestas atingidas pelos incêndios, sendo que 26.000 hectares já foram completamente destruídos pelo fogo.
Além do risco à vida humana, os incêndios florestais prejudicam todo o ecossistema, destruindo o habitat de diversas espécies animais e vegetais, além de ocasionar a morte inúmeros animais, plantas e alterar todo bioma local.
“As mudanças climáticas matam”
Já são mais de 1000 mortes devido às altas temperaturas na Espanha e em Portugal, sobretudo de idosos com fragilidades preexistentes de saúde. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, visitou as áreas mais atingidas pelo fogo e falou: “Gostaria de deixar uma evidência: as mudanças climáticas matam. Matam pessoas, como vimos. Matam nossos ecossistemas, nossa biodiversidade. E destroem nossos bens mais preciosos”.
Além dos impactos diretos à saúde ambiental e humana, as ondas de calor também estão causando impactos generalizados na infraestrutura dos países atingidos. Trens e metrôs estão operando com velocidade reduzida, e a orientação é para que as pessoas apenas utilizem o transporte público em caso de extrema necessidade. As autoridades orientaram as pessoas a manterem-se hidratadas e a cuidados extras com idosos e crianças.
A União Europeia está mobilizando recursos para ajudar os países mais atingidos.
A urgência em combater as mudanças climáticas
Apesar destas notícias nos mostrarem um cenário bastante triste, elas não são nenhuma surpresa. Em anos anteriores, outros países como Austrália, Estados Unidos, e até mesmo o Brasil passaram por situações muito parecidas com a que a Europa vivencia hoje.
É preciso fazer algo com urgência para reduzir as emissões globais de carbono, para evitar que outras previsões venham se concretizar no futuro. A hora de agir é agora!