Há muitos anos os países vêm procurando meios de trabalhar juntos para reduzir os efeitos e desacelerar as mudanças climáticas. Grande parte desses trabalhos se dá através de tratados internacionais como o Acordo de Paris. Neste artigo vamos falar sobre o Acordo de Paris, o que ele significa, quando foi assinado e quais as implicações deste tratado. Saiba mais:
As mudanças climáticas e a necessidade de mudar
As mudanças climáticas são alterações no clima global que são causadas por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e a degradação florestal. Essas alterações podem incluir aumentos na temperatura média global, alterações no padrão de chuva, intensificação de eventos climáticos extremos, o aumento do nível do mar, entre outros.
Os impactos das mudanças climáticas e a perspectiva de piora desses efeitos são fatores que levaram a sociedade em geral a perceber a necessidade de desenvolver um jeito mais sustentável de viver. Não apenas em nossas vidas pessoais, mas o modo com que consumimos, produzimos e geramos riqueza deve evoluir e ser mais sustentável.
A sustentabilidade implica adotar práticas que permitam ao planeta suportar as necessidades das gerações atuais e futuras. É importante sermos mais sustentáveis para lidar com as mudanças climáticas, pois a mudança do clima pode ter sérias consequências para a vida humana e para o meio ambiente. Essas consequências se apresentam no longo prazo e curto prazo.
Maneiras de trabalhar a sustentabilidade incluem reduzir as emissões de gases de efeito estufa, aumentar a eficiência energética e investir em fontes de energia renováveis, além de proteger as florestas e outros ecossistemas importantes. Além disso, a sustentabilidade também inclui a promoção de políticas e práticas para a adaptação e combate às mudanças climáticas em âmbito nacional e internacional.
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A cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas
A cooperação internacional é essencial para reverter as mudanças climáticas, uma vez que as causas e consequências desse fenômeno são mundiais. É necessário que os países trabalhem juntos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar-se às mudanças climáticas.
Esse trabalho já vem acontecendo há diversos anos. Existem vários mecanismos internacionais criados para promover essa cooperação, incluindo:
- Protocolo de Quioto: Foi o primeiro tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, assinado por 84 países. Estabeleceu metas de redução de emissões para os diferentes países, mas não efetivamente adotado, por isso foi substituído pelo Acordo de Paris.
- Acordo de Paris: Este acordo internacional, assinado em 2015, estabelece metas comuns para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fornece um quadro para a cooperação internacional para implementar essas metas.
- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): Este mecanismo estabelecido pelo Protocolo de Quioto permite que os países desenvolvidos comprem créditos de carbono de projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento.
- Fundo Verde para o Clima: Este fundo foi criado para fornecer ajuda financeira aos países em desenvolvimento para ajudá-los a adaptar-se às mudanças climáticas e a implementar medidas de mitigação.
- Acordos de Cooperação Tecnológica: Existe uma variedade de programas internacionais para fomentar a cooperação técnica e o compartilhamento de conhecimento e tecnologias limpas e inovadoras entre países.
Além disso, a cooperação internacional também é importante para desenvolver políticas e regulamentações climáticas eficazes, e para monitorar e avaliar os progressos dos países em alcançar suas metas de redução de emissões.
Qual é a importância dos tratados internacionais em relação às mudanças climáticas?
Os tratados internacionais são importantes para a luta contra as mudanças climáticas porque estabelecem compromissos comuns e metas ambiciosas para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a adaptação às mudanças climáticas. Eles também fornecem um quadro para a cooperação internacional para implementar essas metas e para fornecer ajuda financeira e técnica aos países em desenvolvimento. Além disso, os tratados internacionais também criam um mecanismo para monitorar e avaliar os progressos dos países em alcançar suas metas de redução de emissões, e para reforçar a ambição à medida que a ciência evolui.
O que é o Acordo de Paris?
O Acordo de Paris é um acordo internacional sobre mudanças climáticas, assinado em 12 de dezembro de 2015, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) em Paris, França. O seu principal objetivo é manter o aumento da temperatura média global “significativamente abaixo” de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e tentar limitar o aumento a 1,5ºC.
Isso é alcançado através de metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa, que são revisadas a cada cinco anos. Os resultados são acompanhados nas COPs (Conferência das Partes), onde se reunem todos países que compõem a Convenção-Quadro das Mudanças Climáticas.
Como funciona o Acordo de Paris na prática?
Cada país estabelece suas próprias Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa e ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
O Acordo de Paris inclui mecanismos de transparência e responsabilidade para ajudar a garantir que os países cumpram suas NDCs e melhorem continuamente sua performance. Isso inclui a realização de relatórios regulares sobre as emissões e as ações climáticas, bem como a revisão periódica das NDCs para aumentar a ambição e garantir que os países estejam no caminho certo para alcançar seus objetivos climáticos.
Além disso, o Acordo de Paris prevê a provisão de apoio financeiro e técnico aos países em desenvolvimento para ajudá-los a implementar suas NDCs e a mitigar e se adaptar às mudanças climáticas. O objetivo é alcançar uma cooperação global para lidar com a crise climática e assegurar um futuro sustentável para todos.
Em resumo, o Acordo de Paris funciona como um quadro global para a cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas, estabelecendo compromissos ambiciosos e mecanismos de implementação e monitoramento para garantir que os países cumpram suas responsabilidades climáticas.
O que são as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)?
As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) são compromissos voluntários de redução de emissões de gases de efeito estufa e ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas estabelecidos pelos países signatários do Acordo de Paris. Esses compromissos são baseados na realidade nacional e na capacidade de cada país de responder à crise climática.
As NDCs visam guiar os países na sua jornada para alcançar a neutralidade de carbono e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Elas são revisadas e atualizadas periodicamente para refletir o progresso alcançado e a evolução das condições climáticas. A implementação bem-sucedida das NDCs é fundamental para o sucesso do Acordo de Paris e alcançar os objetivos previstos no Acordo.
Quais os principais resultados que o Acordo de Paris já alcançou?
Desde a sua adoção em 2015, o Acordo de Paris tem esbarrado na complexidade da comunicação e cooperação internacional e da falta de ambição climática dos países, entre outros problemas. Mas, de maneira geral, já vem apresentando alguns resultados importantes. Alguns dos resultados alcançados incluem:
- Ampla adesão: Mais de 190 países, incluindo todas as nações industrializadas e muitos países em desenvolvimento, se comprometeram a implementar o Acordo de Paris.
- Aumento da ambição: Com a revisão periódica das NDCs, muitos países estão aumentando sua ambição e se comprometendo com metas mais rigorosas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
- Maior conscientização: O Acordo de Paris ajudou a ampliar a conscientização pública e a pressionar as empresas e os governos a agir contra as mudanças climáticas.
- Investimentos em energias limpas: O Acordo de Paris está impulsionando a transição para fontes de energia renovável e ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
No entanto, ainda há muito a ser feito para alcançar os objetivos climáticos do Acordo de Paris e reverter os efeitos das mudanças climáticas. É necessário um esforço global renovado e maior ambição por parte de todos os países para alcançar um futuro mais sustentável e seguro para todos.
Percebe-se que a cada ano as soluções encontradas no acordo e as ações necessárias indicadas pela ciência e atualizadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) ficam mais distantes. A urgência na tomada de ações esbarra na dificuldade de conduzir a cooperação de tantos países dentro do fórum criado. É notória também a necessidade de ampliar a ambição climática dos países em alcançar e aumentar suas NDCs, o que não vem sendo percebido desde a implantação do Acordo.
Conclusão
O Acordo de Paris é um marco histórico na luta contra as mudanças climáticas e uma demonstração de que a cooperação internacional pode produzir resultados concretos. Com a adesão de mais de 190 países, o Acordo de Paris tem impulsionado a transição para fontes de energia renovável, aumentado a conscientização pública e promovido a cooperação internacional para enfrentar a crise climática.
No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar os objetivos climáticos do Acordo de Paris e é importante que todos os países aumentem sua ambição e se comprometam a agir de maneira eficaz para proteger nosso planeta. Com ação rápida e decisiva, podemos garantir um futuro mais sustentável e seguro para todos.
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