6 Dicas para ter uma casa mais sustentável
Sabemos que todas as atividades humanas geram algum impacto negativo no meio ambiente, mesmo que em escala muito pequena, como pequenos cuidados e rotinas das residências. Este caso pode ter consequências tão grandes quanto impactos em larga escala, justamente por serem tão pequenos que acabam sendo desprezados no cotidiano, mas ainda sendo realizados por até milhões de pessoas, somente no Brasil. Para auxiliar na sua participação na transição para uma sociedade mais sustentável, o Carbon Free Brasil separou seis dicas para tornar sua rotina caseira um pouco mais amigável para com o meio ambiente.
1- Separe e descarte seu lixo adequadamente
Ao contrário do que a crença popular diz, que “no caminhão de lixo tudo é misturado de novo”, é de grande importância separar seus resíduos entre o reciclável, como papel, plástico, metal e vidro, e o não reciclável, como lixo orgânico. Existem condomínios ou associações de rua que podem contratar o serviço de coleta seletiva, e dessa forma esse investimento acaba saindo mais em conta para os moradores. Caso o seu não tenha, procure incentivar a reciclagem na sua comunidade local.
Além de resíduos orgânicos, outros exemplos de não recicláveis são os de pilhas e baterias e remédios, que também precisam ser descartados da maneira correta. Procure se na sua vizinhança existem lojas com pontos de coleta de pilhas e baterias usadas e farmácias que recolhem remédios vencidos.
2- Climatize a sua casa com alternativas sustentáveis
Alguns apartamentos costumam ser bem quentes durante dias de muito sol, o que faz seus moradores recorrerem a fazer uso de aparelhos de ar condicionado. Estes, além de consumirem muita energia, também emitem gases estufa extremamente agravantes do efeito estufa. Por isso, o ideal é buscar formas de climatização interna com alternativas que exijam menor consumo de energia. Plantas, por exemplo, são muito eficazes em climatização de um ambiente, visto que elas renovam o ar e mantêm a umidade do cômodo em um nível mais constante, além de serem ótimas na decoração e proporcionarem um hobby muito relaxante.
Além disso, plantas na varanda podem até ajudar na redução de ruídos vindos da rua. Mas cuidado com os mosquitos! Mantenha os pratinhos sempre secos ou cubra-os com areia para evitar o desenvolvimento de larvas na água parada. Se for possível, ainda é possível utilizar o seu lixo orgânico vegetal (cascas de legumes e frutas) para compostagem, retornando essa matéria orgânica de uma forma positiva e útil para as suas plantas.
Caso você não seja tão entusiasta das plantas ou não tenha disponibilidade para cuidar delas, outra alternativa que consome menos energia que o ar condicionado é um umidificador de ar, e as janelas bem abertas, para que o vento circule bem pela sua casa.
3- Economize e reaproveite a água
Assim como a energia elétrica, a água é um recurso que deve ser usado com bastante moderação. É de grande importância que a torneira esteja fechada em todos os momentos em que a água não está sendo utilizada, e atenção às goteiras!
Além de reduzir o consumo, em dias de chuva, posicionar recipientes para coletar um pouco da água, ou direcionar a calha da sua casa para armazenar essa água que cai no telhado são boas formas de armazenar água para usos menos nobres (não potáveis), como limpeza de calçadas e carros ou regar plantas. Em condomínios, é possível contratar empresas que instalam tubulações de captação e armazenamento da água da chuva que cai no terraço dos prédios, e ela pode ser usada para limpeza dos carros e do estacionamento do condomínio.
4- Reduza o consumo de energia elétrica
Como já foi mencionado na segunda dica, é muito importante diminuir o consumo de eletricidade da nossa residência, tanto para o ambiente quanto para o nosso bolso quanto a conta chegar no final do mês. Além do clássico dito “apague a luz ao sair do cômodo”, é ideal aproveitar ao máximo a luz natural do dia e é necessário se atentar a equipamentos eletrônicos no modo “standby”, em que ele está desligado, mas ainda com uma luz de aviso acesa. Retirar da tomada todos os equipamentos que não estão em uso parece pouco, mas gera uma grande economia no final do mês. Equipamentos mais modernos também são mais eficientes no consumo de energia, e nessa linha, lâmpadas de LED, além de terem maior durabilidade, também consomem menos eletricidade que lâmpadas incandescentes.
Caso seja possível, você pode fazer um investimento em sua casa, ou junto dos moradores do seu condomínio, de instalar painéis solares, que são uma alternativa à energia vinda do Sistema Interligado Nacional e a longo prazo reduzem os gastos na conta de luz.
5- Seja sustentável também em reformas
Existem diversos materiais de construção que são de uma origem mais ecológica e que podem ser utilizados em reformas na sua casa: tintas feitas de material ecológico, concreto que possui uma produção com menores emissões de carbono, madeiras vindas de reflorestamento, etc. Busque também por móveis de segunda mão, em que seria só necessário renová-lo ou consertá-lo, impedindo-o que ele fosse descartado mesmo antes do fim de sua vida útil.
6- Acima de tudo, controle e reduza o seu consumo
Não só dentro de casa, mas também fora dela, reduzir nosso consumo de forma geral é crucial para uma rotina caseira mais sustentável. Compre sempre apenas o necessário, atente-se a prazos de validade, controle seus impulsos ao ver aquela super promoção de algum produto que você não precisa tanto assim, reaproveite embalagens e diga não aos plásticos descartáveis. Com essas dicas, você estará a um passo de tornar sua casa mais sustentável.
Das dicas apresentadas aqui, todas possuem dois pontos em comum: a redução do consumo e o engajamento da comunidade. Por mais que seja uma grande ajuda, não é tomando banhos mais curtos ou apagando a luz ao sair de um cômodo que nós iremos salvar o planeta. É crucial que entendamos que a sociedade civil possui um papel importantíssimo na busca por uma sociedade menos consumista e agressiva ao meio ambiente, que é se unir e exigir de empresas e governos, os verdadeiros grandes poluidores, que sejam tomadas medidas de larga escala para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos, e para que a economia possa ser cada vez mais circular, exigindo menos do planeta e dos ecossistemas.
